MEDIDA CAUTELAR DE GUARDA E POSSE PROVISÓRIA
Medida Cautelar de Guarda e Posse Provisória
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da .... ª
Vara de Família da Comarca de ....
WAGNER, separado judicialmente, residente e
domiciliado nesta Cidade de ...., na Rua .... nº ....,...., por
intermédio de seu advogado abaixo assinado, conforme
instrumento de procuração anexo, com escritório
profissional na Rua .... nº ...., em ...., onde recebe
intimações e notificações, vem mui respeitosamente
perante Vossa Excelência requerer a presente
MEDIDA CAUTELAR DE GUARDA E POSSE
PROVISÓRIA
do filho menor impúbere, ...., que atualmente se encontra
com a mãe, .................................... (qualificação),
separada judicialmente, residente e domiciliada na Rua ....
nº...., com fulcro no artigo 888, III/VIII do CPC
aduzindo, para tanto, o seguinte:
I - DOS FATOS
Na constância do casamento entre o Requerente, ...., e a
Requerida, ...., nasceu-lhes o menor .... Tudo nos termos
já mencionados nos autos de Separação Judicial
(Consensual) distribuído nesta Vara de Família, sob nº ....
Desde o início do casamento a requerida teve
comportamento que provocava vexação ao requerente,
que em seus exageros acabou por “ficar” com amigos do
requerente, o que culminou com a separação do casal.
Houve a separação, como se comprova com os
documentos em anexo, com a promessa firme do então
cônjuge virago de que o menor, que permanecia sob sua
guarda, não ficasse sabendo dos desacertos de sua mãe.
Há pouco mais de um ano, entretanto, o pequeno, ....,
(filho do casal) começou a contar ao Pai histórias um
tanto escabrosas, de que a mãe estava "saindo" com
amigos e que tinha uma porção de amigos que gostavam
muito dela.
Tal fato fez com que o Requerente intercedesse junto à
Requerida, pedindo-lhe cautela no trato com "outras
pessoas", especialmente não permitindo que o menor
ficasse sabendo das suas "aventuras" (ou desventuras).
Tal atitude não foi bem aceita pela Requerida que, ato
contínuo, passou a acusar o Requerente de bisbilhotar na
sua vida, sem qualquer direito neste sentido.
As acusações culminaram com uma queixa na Delegacia
do .... Distrito, especialmente ao Superintendente ...., que
numa ocasião chamou o Requerente até a Delegacia, com
o intuito de lhe chamar a atenção.
Entretanto, à medida que vinha crescendo o pequeno ....,
este também vinha cada semana com "novidades" ao Pai.
...
A Requerida comprometeu-se, por ocasião da separação
judicial, a investir os alimentos que percebia em favor do
filho menor, inclusive comprometeu-se a encaminhá-lo à
escola - inicialmente pré-primário e depois à escola
primária regular.
Até a presente data, entretanto, a Requerida não
providenciou por nenhuma destas situações. O menor já
deveria ter sido matriculado em escola regular, e nem isto
foi feito.
Cada vez que o Requerente toca no assunto, esta
"alvoroça-se", como se estivesse sendo agredida,
ameaçando chamar o "tal Delegado de Polícia", por
agressões, que nunca sofreu.
No afã das discussões, chegou a saber da Requerida que
as fotografias haviam sido enviadas para determinados
Hotéis e com o objetivo de conseguir encontros com
homens de negócios.
Soube pelo menor ...., que nos finais de semana, quando
o Pai fica com o menor, esta simplesmente não aparece
em casa. Permanece fora sem qualquer responsabilidade
a cumprir.
De fato, o Requerente, ao entregar o menor, ...., aos
cuidados da mãe, devolvia-o, na verdade, à genitora da
Requerida, em endereço bem diferente da sua residência,
de onde a Requerida só o busca, geralmente às
terças-feiras à tarde, deixando o menor na companhia
dos filhos (dois) excepcionais da "ex-sogra", dos quais
um deles agride constantemente o menor, ...., por ter
índole agressiva e colérica.
Mister se faz, e com urgência, que o menor, ...., seja
afastado o mais rapidamente possível desta situação
horrível, sob pena de sofrer seqüelas irreparáveis.
Em primeiro lugar, deverá ser sumariamente afastado
deste "mar de lama" em que está envolvido, como
também ser matriculado em uma escola regular, onde
aprenderá as primeiras letras, que a mãe não tem
condições de lhe ensinar.
Como não há qualquer forma de diálogo entre
Requerente e Requerido, também não há meios de se
exigir o cumprimento das obrigações normais e de praxe,
como por exemplo, alimentação, vestuário e escola.
Até há tempos atrás, a Requerida, sempre que se via em
situação embaraçosa, em virtude do descumprimento
com as obrigações do menor, insinuava-se junto ao
Requerente, como se este era o único que podia
satisfazê-la com suas ambições sexuais.
E esta situação esdrúxula até teve uma certa permanência
entre ambos, haja vista que havia uma constante ameaça
por parte da Requerida em "escafeder-se" daqui, levando
o menor ao ponto de deixar o Pai verdadeiramente
desesperado ante a ameaça de não ver mais o seu filho.
Entretanto, esta situação tornou-se insustentável, ao
ponto de não concordar mais com esta coação.
E, a partir deste momento, "a corda rompeu".
II - DO DIREITO
No trintídio, o Requerente proporá a ação própria de
Guarda e Posse Definitiva do Menor, sendo que então
apresentará testemunhas que confirmarão tudo o que foi
dito nesta ação de Medida Cautelar.
Os Genitores do Requerente são pessoas muito bem
estabelecidas, sendo que ele é Oficial do Exército e ela,
do lar. São devidamente casados na forma da lei,
proprietários de casa própria, na Rua .... n° ...., onde
também reside o Requerente.
Apesar de o Requerente ter condições plenas de prover
pelo sustento do menor, este ficará muito bem guardado
aos auspícios da Progenitora por parte do Pai, que já se
propôs a cuidar do menor, com amor e carinho,
dando-lhe os tratos que não recebeu por parte da
Requerida.
Uma vez que, neste momento, é absolutamente
preponderante o restabelecimento emocional e
educacional do menor, requer:
III - DO PEDIDO
Face o exposto e dos fatos comprovados nos autos,
diante das provas que não deixam qualquer dúvida e
diante do "fumus boni juris" e do "periculum in mora",
caso houvesse procrastinação, requer, "inaudita alteram
pars", mediante MANDADO JUDICIAL, a guarda e
posse provisória do menor impúbere ...., que
permanecerá sob a guarda e posse do Pai, ora
Requerente, no endereço dos Progenitores (paternos) na
Rua .... nº ...., até decisão final e julgamento do mérito da
ação principal que será proposta no prazo legal, nos
termos dos incisos III e VII do artigo 888, do CPC.
Seja a Requerida citada nos termos da Lei, após o
cumprimento do Mandado Judicial expedido
especificamente para o fim previsto nos presentes Autos,
e, querendo, conteste a presente ação, sob pena de
confesso.
Seja distribuída a presente ação, por dependência, nos
Autos n°.....
Requer ainda que as fotografias anexas à presente
Medida Cautelar de Guarda e Posse Provisória, após
instruírem o processo, sejam recolhidas aos cofres desta
.... Vara, para instruírem igualmente os Autos da ação
principal que será proposta no prazo legal.
Requer igualmente que, após julgado o mérito, transitado
o julgado, sejam as fotos destruídas, sob ordem judicial, a
termo, para evitar distúrbios posteriores do menor que,
quando maior, pudesse por alguma razão lançar mão
deste processo.
Dá à presente, para os fins de alçada, o valor de R$ ....
(....).
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
(a) Advogado e n° da OAB