EXPLIQUE AS POSSIBILIDADES DE PRISÃO EM FLAGRANTE
AS POSSIBILIDADES DE PRISÃO EM FLAGRANTE, DE ACORDO COM O ART. 302, DO CPP
Conforme o artigo 302, existem três possibilidades de prisão em flagrante:
Flagrante Próprio (propriamente dito, real ou verdadeiro) – incisos I e II: Dá-se o flagrante próprio quando o agente é surpreendido cometendo a infração penal ou quando acaba de cometê-la. É a modalidade que mais se aproxima da palavra flagrante, pois há um vínculo de imediatidade entre a ocorrência da infração e a realização da prisão.
Temos duas situações contempladas nesta modalidade: a) daquele que é preso quando da realização do crime, leia-se, ainda na execução da conduta delituosa; b) de quem é preso quando acaba de cometer a infração, ou seja, sequer se desvencilhou do local do delito ou dos elementos que o vinculem ao fato quando vem a ser preso. A prisão deve ocorrer de imediato, sem o decurso de qualquer intervalo de tempo.
Flagrante Impróprio (irreal ou quase flagrante) – inciso III: Nesta modalidade de flagrante, o agente é perseguido, logo após a infração, em situação que faça presumir ser o autor do fato. A expressão “logo após” abarca todo o espaço de tempo que flui para a polícia chegar ao local, colher as provas do delito e iniciar a perseguição do autor. Não há um limite temporal definido para o encerramento da perseguição.
Flagrante presumido (ficto ou assimilado) - inciso IV: No flagrante presumido, o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que presumam ser ele o autor do delito. Esta espécie não exige perseguição. Basta que a pessoa, em situação suspeita, seja encontrada logo depois da prática do ilícito, sendo que, o móvel que a vincula ao fato é a posse de objetos que façam crer ser autora do crime. O lapso temporal consegue ainda ter maior elasticidade, pois a prisão decorre do encontro do agente com os objetos que façam a conexão com a prática do crime.